Mostrando postagens com marcador Saúde de Cão. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Saúde de Cão. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Novidade na área

Mamis e papis de cachorrinhos sempre querem o melhor para seus filhotes peludos. E nisso de pensar no melhor, queremos cercá-los de todos os cuidados possíveis incluindo ai a alimentação. Muita gente tem vontade de fazer uma dieta preparadinha pra os peludos mas, com a vida moderna, corre corre, a ração se torna o meio mais prático.

Mas para meu entusiasmo, surgiu agora um projeto lindo e super inovador que é o Pet Delicia.
Eles fazem "comidinha gostosa da mamãe" e já deixam prontinha pros pimpolhos. A Ana Paula que é mestranda em nutrição de cães e gatos, está no projeto e não poderia ser diferente o sucesso que já está fazendo.

Parabéns Ana Paula, parabéns a toda equipe pela ideia. Quem tem a ganhar só são os peludinhos.

E pra quem quiser dar uma olhada no projeto, é só dar uma conferida no site





Ps.: to retornando aos poucos, mas to.
e a Lu tá aqui pra trazer posts super interessantes.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Sarna Demodécica

A sarna demodécica é causada pelo ácaros Demodex canis. Ela se apresenta quando há uma proliferação exagerada do mesmo no organismo do animal.

Ele faz parte da microbiota normal dos cães, então, o cão ter demodex canis não é essencial para que o animal apresente a demodicose ou sarna demodécica. A sarna demodécica caracteriza-se pelo afrouxamento do pêlo do animal desde o folículo cansando alopecia (falta de pêlos) focal ou pelo corpo todo. Por isso ela é considerada uma doença parasitária dos cães, e, infecções secundárias podem agravar o quadro da doença.

Ela pode ser seca, onde só há a alopecia, ou pode ter presença de secreções purosanguinolentas. São chamadas de generalizadas quando atingem mais de 5 regiões do animal, as quais, normalmente são a cabeça, os membros e o tronco, podendo também atingir os dígitos, onde se denomina como pododemodicose. O animal também pode apresentar a demodicose apenas no meato acústico, causando assim as otites. Normalmente ela é transmitida no período peri e neo natal do animal. Alguns fatores podem influenciar no aparecimento da doença, entre eles estão o parto, a má alimentação, vermes, imunosupressão por medicamentos, traumas, lactação, cio, entre outros. O tratamento precoce da demodicose é essencial para que uma lesão focal (que afeta uma pequena parte) não se torne uma lesão generalizada e que não haja infecções secundárias, o que agrava o quadro e obriga o animal a ser mais imunosuprimido por corticosteróides.

Na demodicose generalizada o animal pode apresentar coceira por infecções secundárias, dor, anorexia, febre e letargia, sendo que a demodicose por si própria não causa coceira no animal.

O diagnóstico é feito pelo médico veterinário na hora da consulta pelo histórico familiar e da rotina do animal, além de um “raspado cutâneo” que consiste em raspar o pêlo do animal em áreas afetadas, até a pele sangrar para que os ácaros que estejam no folículo piloso possam ser encontrados. Utiliza-se também histopatológicos no diagnóstico em alguns casos onde não se tem como pegar pelo raspado cutâneo. Raças como Sharpei são frequentemente necessitado o uso de histopatológico devido às lipoproteínas existentes em sua pele que tornam o ácaros mais profundo em sua pele.

É uma doença de tratamento delicado e que necessita da dedicação do proprietário. Uma imunidade boa, junto à cuidados básicos junto ao médico veterinário pode evitar que o seu animal tenha crises repetitivas após o diagnóstico. Se você, por acaso tem um animal com demodicose, siga o que seu veterinário mandou, ou quem sofre é o seu animalzinho precisando cada vez mais de tratamentos mais dificultosos.













Referências:

TADANO, Rodrigo. Demodiciose em cães, 2010. Faculdade Metropolitana Unidas. Monografia, 40f. São Paulo, 2010



http://www.euqueroumfilhote.com.br/forum/topic.asp?TOPIC_ID=329



http://diarioveterinaria.blogspot.com/2008/12/isso-um-pit-bull.html



quinta-feira, 1 de julho de 2010

Frio, muito frio




Muito frio mesmo!
Para nós baianos que estamos acostumados aos 30 e pouquinho graus, estar a menos de 20, ou nos 20 é muito frio!
E nós (pelados e peludos) estamos com muito frio a ponto do meu pai ontem pedir pra eu colocar roupinha neles.

O que eu venho hoje falar é pra tomar cuidado com os nossos peludos.. o meu pepe já teve duas pneumonias e olhe que ele é super bem cuidado e vive dentro de casa.

1. Não deixe o animal em lugares expostos a umidade/frio/chuva. Eles têm os mesmos mecanismos de defesa/doença da gente, portanto, se vc não deixaria seu filho nessas situações, pense um pouco no seu cão.
2. Roupinhas. Há cães que não gostam, os meus particulamente adoram. Cães pequenos como york tendem a perder temperatura mais rápido e conheço pessoas que tiveram que levar seu animal às pressas ao veterinário por um quadro de hipotermia da sua york.. portanto..todo cuidado é pouco.
3. Converse com seu veterinário sobre a possibilidade de suplementar seu animal com vitamina c. Lembrando, se n for feito por veterinário essa prescrição e dosagem seu animal terá diarréia e de nada você o ajudou!
4. Evite que seus cães durmam no chão puro. Se nós humanos, não somos recomendados a andar descalças, imagine esses coisinhas deitados no chão duro e gelado? Ninguém merece né?!

e.. dengo..muuuuito dengo! rs

Lambs a todos

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Recem nascido abandonado.. e agora, o que eu faço?!

É muito comum as mães abandonarem suas crias ou achar alguns recém-nascidos no meio da rua.

Mas quando isso acontece, o que fazer para ajudá-lo?!

1º passo: Temperatura

Filhotes perdem temperatura muito rápido, podendo entrar em um quadro de hipotermia.
Essa condição pode levar o filhote a morte em pouco tempo, então é muito importante manter a temperatura dele aquecida, como faria a mãe.
Caso você perceba que ele já está hipotérmico, aqueça (ferva) água, coloque em uma luva de procedimento, coloque uma toalha grossa por cima da luva, perceba se a temperatura está boa para colocar o filhote em cima (não pode estar muito quente mas é importante que esteja aquecendo), coloque o filhote por cima da toalha com a luva por baixo e cubra ele por cima.


2º passo: Estimulação
A mãe na natureza, iria lambê-lo não só para deixar o cheiro e limpar, mas estimular também a parte sensitiva e as necessidades fisiológicas do animal.
Para estimular a parte fisiológica (xixi e coco) vc deve massagear a barriguinha do animal com um cotonete de cima para baixo (na direção do ânus). Após isso vc deve massagear a área genital e o ânus para impedir obstrução.
No blog da Tula tem um artigo falando sobre outras estimulações que ajuda no desenvolvimento do sistema nervoso do animal. Vale a pena dar uma olhada.

3º passo: O local
O local onde o animal deve ficar em um lugar limpo, iluminado, tomar algumas radiações solares (não diretamente) e tranquilo pois os bebês dormem bastante.

4º passo: Alimentação
Em pet shops há alimentos industrializados precisos para animais em desmame ou que foram abandonados por suas mães.
É um pouco caro e se você não tiver grana vc pode fazer um leite usado em animais recém-nascidos. Ele se chama suscedâneo. Procurando pela internet eu achei um site muito legalzinho que é o Gatos do Rio. Lá tem quatro tipos de suscedâneo.. eu gostei mais da terceira opção.. é a mais próxima do que os vets que eu super recomendam passam.

Suscedâneo 3
- 1 litro de leite integral
- duas gemas
- duas colheres de sopa de creme de leite ou nata
- 1 colher de açúcar
- 1 pitada de sal
Bater as gemas, acrescentar o leite e colocar para ferver. Quando estiver fervendo, colocar os demais ingredientes. Deixe esfriar e dê ao gatinho.

A essa receita eu adiciono três gotas de complexo B pediátrico e substituo o açúcar por mel.

O animal deve ser alimentado de 3 em 3 horas no máximo!!

A administração do alimento deve ser dado em seringa (as de 20ml tem um biquinho) de forma gradual e morosa para não correr o risco do animal aspirar a alimentação e resultar em outros problemas.

Esteja em contato com um médico veterinário para qualquer modificação na saúde do recém nascido.

Boa sorte e bom final de semana!




domingo, 4 de abril de 2010

Tumores mamários

(continuação...)

Os tumores de mama representam aproximadamente 52% de todas as neoplasias nas
cadelas e 50% são identificadas como malígnas.

Ultimamente as evidências incidem em que a etiologia (ou seja, origem) do tumor de mama seja hormonal e que o estrógeno seja responsável pelo mesmo evento.
Quando a castração é realizada antes do primeiro cio, o risco de desenvolvimento de tumor mamário reduz para 0,5%; este risco aumenta significativamente nas fêmeas esterilizadas após o primeiro cio(8,0%) e mais ainda depois do segundo (26%). Depois do segundo cio, não é notada nenhum poder preventivo em relação aos tumores mamários.
Um estudo demonstrou que 66% dos cães que receberam contraceptivos orais contendo compostos à base de progesterona e estrógenos, no período de cinco a sete anos de idade, desenvolveram nódulos mamários, dos quais 95% eram benignos.

Falando bioquimicamente, o estrógeno e progesterona atravessam a membrana celular por processo passivo e ligam-se a receptores proteicos específicos no citoplasma da célula alvo do tumor. Subsequentemente, o complexo esteróide-receptor se move em direção ao núcleo, onde se liga à cromatina, promovendo aumento na síntese de RNA mensageiro, de RNA ribossômico e síntese proteica, que irá alterar a função celular.
O estudo de linhagens celulares tem demonstrado que o estrógeno regula a proliferação celular, de várias maneiras:

1)Aumentando os fatores de crescimento do grupo "a" e o fator de crescimento IGF-1 que estimulam o crescimento das células tumorais,

2)Inibindo fatores de transformação "b" que tem a função de deprimir a atividade proliferativa de células.

Outro estudo, concluiu que o risco de desenvolvimento de neoplasias mamárias pode estar ligado a fatores nutricionais. Os pesquisadores perceberam que a obesidade no primeiro ano de vida, assim como um ano antes do diagnóstico podia predispor as fêmeas às neoplasias.

O tumor de mama é resultante de processo carcinogênico compreendido por vários estágios seqüenciais, incluindo iniciação, promoção, dependência e autonomia.
Indepedente de haver fatores externos que tenham influenciado a oncogênese ("nascimento" do câncer), com certeza o fator determinante é endógeno, ou seja, do metabolismo do indivíduo.
Ocorre a dependência hormonal, na qual as células tumorais alvo diferem das normais por necessitarem do estímulo hormonal para sua sobrevivência.
Porém, todos os tumores hormonalmente dependentes tendem a se tornar autônomos, quando a capacidade de síntese de hormônios específicos desaparece e, morfologicamente, as células se tornam indiferenciadas(podem se transformar em qualquer outro tipo de célula).

A atividade normal da célula depende da perfeita integração entre as várias vias metabólicas. Grande parte desse metabolismo é controlado pelos hormônios, lançados no sangue até os órgãos alvo. Como as necessidades de um determinado hormônio variam continuamente, torna-se necessário que suas concentrações estejam sujeitas à regulação. Quando há descontrole da secreção hormonal, ocorre perda da homeostasia celular advindo várias alterações, dentre elas o câncer. Os hormônios estão dentre os vários fatores indutores ou promotores da origem de tumores. Sejam endógenos ou exógenos, eles estimulam a proliferação celular predispondo às alterações genéticas.
Os genes controlam a hereditariedade e as atividades celulares dia-a-dia. O câncer é causado, na maioria dos casos, por mutação ou ativação anormal dos genes que controlam o crescimento celular , resultando em modificações progressivas da biologia celular caracterizadas por alterações na proliferação, diferenciação e na interação das células com o meio extracelular.

A castração precoce parece ser o único método da prevenção das variações hormonais, que ocorrem durante as fases do ciclo estral, que, sem dúvida, influencia no desenvolvimento desses tumores

Qualquer alteração, procure o médico veterinário.


Referências: 1.FONSECA, Cláudia Sampaio and DALECK, Carlos Roberto. Neoplasias mamárias em cadelas: influência hormonal e efeitos da ovario-histerectomia como terapia adjuvante. Cienc. Rural [online]. 2000, vol.30, n.4, pp. 731-735.
2.DE NARDI, A.B; RODASKI, S.; SOUSA, R.S.; COSTA, T.A.; MACEDO, T.R.;RODIGHERI, S.M.; RIOS, A.; PIEKARZ, C.H. Prevalência de Neoplasias e Modalidades de Tratamento em cães, atendidos no hospital veterinário da Universidade Federal do Paraná. Archives of Veterinary Science, n.2, p. 15-26, 2002.
3.SILVA, Alessandra Estrela; SERAKIDES, Rogéria; CASSALI, Geovanni Dantas. Carcinogênese hormonal e neoplasias hormônio-dependentes. Cienc. Rural. Vol.34. Santa Maria Mar/Apr. 2004


Aline Viena de Souza

sábado, 3 de abril de 2010

Piometra

(continuação do post de ontem...)
Hoje vou falar sobre a Piometra, que é uma doença em que muitos médicos veterinários citam ao indicar a castração precoce em fêmeas como forma preventiva.

A piometra (complexo hiperplasia cística endometrial)é resultado de uma estimulação glandular uterina pela progesterona plasmática circulante.
A progesterona estimula a secreção glandular, com supressão da atividade miometral (músculo do útero), permitindo, dessa forma, acúmulo de secreção que propicia um meio para o crescimento bacteriano, favorecido pelo aumento na inibição da resposta leucocitária à infecção no útero sensibilizado pela progesterona.
É a mais comum afecção principalmente em cadelas com idade maior que 9 anos, e as nulíparas (nunca tiveram cria) .
O período funcional do corpo lúteo prolongado devido ao cio, prolonga o tempo de secreção da progesterona e permite modificações a nível de endométrio, que com as repetições dos ciclos se torna persistente e se traduz na hiperplasia cística endometrial.
Os sinais clínicos de piometra são falta de apetite, vômitos, polidipsia(aumento no consumo de água), poliúria(aumento na excreção de urina) e em alguns casos presença de corrimento vaginal e distensão ou aumento da sensibilidade na cavidade abdominal.
Quando não há presença de corrimento vaginal, classificamos como piometra fechada. Isso ocorre porque o útero retém o conteúdo séptico o que causa uma distensão abdominal além de piorar o prognóstico da cadela/gata.
O animal pode também apresentar hipertermia (devido a infecção) ou hipotermia (devido a toxemia).
Os sinais clínicos apareceram normalmente após 30 dias do cio.
Devido a maior incidência de piometra ser causada pela bactéria E. colli, que causa toxemia, esta afecção pode afetar vários órgãos como rins, medula óssea, adrenais, baço, fígado e pulmões.
Acredita-se que os fatores que mais predispõe a piometra são pseudogestações, irregularidade de ciclo estral, administração exógena de progestágenos e cadelas que nunca tiveram crias. A idade também pesa devido a transformação do endométrio a cada cio.
Em um estudo feito (1.) foi-se notado numa população de 25 cadelas que 52% eram nulíparas, 38% eram primíparas ou pluríparas e 4% haviam feito uso de anticoncepcionais.
No segundo trabalho,avaliou-se 119 cadelas onde foi-se notado que quanto ao número de gestações, 56 animais (47,05%) não apresentavam essa informação de acordo com a anamnese junto ao proprietário, e dos animais restantes, 39 (32,77%) eram nulíparas, 10 (8,4%) eram primíparas e 14 (11,76%) eram pluríparas

Embora menos freqüente, a piometra também pode ocorrer em felinos. A baixa ocorrência se dá pelo fato de que as felinas precisam cruzar para que ocorra o desenvolvimento do tecido lúteo e a subseqüente secreção de progesterona.
Os tumores de mama também podem predispor à piometra porque este tipo de tumor pode elevar as taxas de estrógeno e progesterona liberados no organismo.
O tratamento depende do proprietário e do interesse ou não pela reprodução do animal. Pode-se optar pela ovariossalpingohiterectomia(OSH) – ou castração – ou pela parte medicamentosa. A gravidade do animal também deve ser levado em conta
Assim que diagnosticado, deve-se entrar com um tratamento imediato devido ao risco de toxemia e comprometimento de outros órgãos como os rins e fígado (como falado anteriormente).
O tratamento cirúrgico ainda é o que tem melhores resultados contra a piometra, devido ao alto índice de recidivas quando utilizado o tratamento clínico.


Ao notar qualquer alteração, procure um médico veterinário.



Boa páscoa e nada de chocolate para os peludos, hein?!

Referências: 1.ESTES, Nereu Carlos et. al., Piometra canina: aspectos clínicos, laboratoriais e radiológicos. 1991
2.MARTINS, Danilo Gama. Complexo hiperplasia endometrial cística/piometra em cadelas: Fisiopatogenia, Características Clínicas, Laboratoriais e Abordagem Terapêutica. Jaboticabal – SP – Brasil. 2007

domingo, 21 de março de 2010

Diabetes em cães

A Diabete Mellitus é uma doença de ocorrencia ainda moderada em cães.
Trata-se de uma doena causada pela incapacidade das ilhotas pancreáticas em secretar insulina e/ou de ação deficiente da insulina nos tecidos.
Mas, o que é insulina?
A insulina é uma enzima que é secretada constantemente pelas células beta do pâncreas com o seu nível de secreção aumentado após ingestão de alimentos e diminuido em horas de jejum.
Tem como função estimular o metabolismo dos carboidratos e lipídeos e transportar glicose através da membrana plasmática das células sensíveis à insulina, principalmente nas células adiposas e da musculatura esquelética. A insulina também é um potente inibidor da quebra de gordura.
A insulina ajusta o nível de glicose sanguínea com o nível de glicose hepática (do fígado).
As células que são sensíveis à insulina, são comandadas pela hipófise, hormônios adrenal (glândulas adrenais que se localizam acima dos rins) e outros fatores.
Os níveis baixos de insulina tornam os hepatócitos mais sensíveis ao glucagon. O declínio da taxa insulina/glucagon pode causar o aumento da gliconeogênese e a capacidade citogênica dos hepatócitos e abastece os hepatócitos com os precursores necessários para a produção da glicose, mobilizados do músculo e da gordura o que pode causar um aumento na necessidade de insulina.
Entre elas, cita-se o efeito Somogyi (Fenômeno rebote).
O que é isso??
O Efeito Somogyi induz a hiperglicemia por queda na concentração glicêmica menor que 65mg/dl.
O diabete mellitus em cães, pode ser classificado em três grupos com base na capacidade secretória das células beta pancreáticas.

Grupo I que é dependente de insulina.
É a forma mais comum em cães, que se apresentam com uma alta concentração basal de glicose sanguínea, incapazes de responder ao aumento da glicemia com a liberação de insulina.
Envolve as células beta pancreáticas o que resulta na redução da insulina secretada e um aumento da glicemia (hiperglicemia) sensível a insulina (ou seja, abaixa quando há a ingestão de insulina)

Esta doença apresenta-se em seis estágios:

1. Susceptibilidade genética
2. Autoimunidade das células beta. Fatores ambientais mal resolvidos mas que provavelmente estão ligados a medicamentos e agentes infecciosos.
3. Auto-imunidade ativa, mas que mantém a secreção de insulina nos níveis normais.
4.A secreção da insulina vai se perdendo progressivamente.
5. Todos os sintomas começam a aparecer
6. Completa destruição das células beta dos pâncreas.


Grupo II que não é dependente de insulina. Há uma liberação retardada de insulna endógena após estímulo com a glicose.


Grupo III São os cães que tem uma concentração sanguínea de glicose discretamente elevada e uma concentração basal praticamente normal de insulina.
Ele é induzido pelo aumento de concentração de qualquer dos hormônios diabetogênicos (glicocorticóides, adrenalina, glucagon ou hormônio do crescimento) que pode ocorrer pela secreção excessiva ou administração exógena dos mesmos, além de, degradação deficiente dos componentes.

Vários fatores podem ser a origem da diabetes mas os principais são predisposições genéticas, infecções, enfermidades antagônicas da insulina e drogais, ileíte imunomediada e pancreatite.
Também por hiperfunção da hipófise anterior ou córtex adrenal e qualquer outro fator que cause degeneração das Ilhotas de Langerhans (ilhotas do pâncreas).

As raças mais predispostas são o Keeshound, Malamute, Spitz, Golden Retriever, Whippet, Pulik, Cairn Terrier, Schnauzer, Pinscher miniatura, Terrier e SRD.
Uso de anti-concepcionais e fêmeas não castradas sãp fatores de risco para a diabetes.

Pasmem.. o stresse também pode causar diabetes. Por que?? Porque a adrenalina é um hormônio antagonista à insulina e quando estamos stressados (nós, ou os peludos) liberamos grande quantidade do mesmo.

Um dos sintomas da diabetes é a glicosúria, ou seja, presença de açúcar na urina dos aus. Isso ocorre porque com a diminuição da insulina, a utilizada de glicose, aminoácidos e ácidos graxos é diminuido. Então, a glicose vinda da dieta, acumula-se na circulação e sobra para os rins a sua filtração. Os mesmos, ficam hiper cansados e acabam liberando sem filtrar diminui, o que causa a glicosúria.

A glicosúria, causa uma diurese (eliminação de urina) osmótica o que causa a poliúria (aumento na quantidade de urina expelida.)
Para não desidratar, o cão adquire uma polidpsia (aumento do consumo de água) compensatória.
A capacidade da glicose em penetrar nas células do centro de saciedade, está sob influência da insulina. Com a diminuição ou total ausência, diminui-se a sensação de satisfação, o que causa uma polifagia (aumento no consumo de alimento) sem se importar com o aumento de glicose no organismo.

Noossa.. que ciclo hein??

O Tratamento?
Bom, os animais que precisam da insulina começam o tratamento no mesmo dia do diagnóstico. São aplicadas subcutâneamente insulina todos os dias nos dependentes. A dose diminui de acordo com o peso do animal, ou seja, quanto mais pesado (ou maior) menor a quantidade requerida.
A alimentação deve ser trocada para uma específica e deve ser administrada 2 horas antes dos momentos de pico da insulina, ou seja, 4 a 8 horas após para evitar possível hipoglicemia. Os clínicos indicam que é mais fácil controlar uma leve hiperglicemia do que uma hipoglicemia, portanto, as doses iniciais são pequenas para possível reajuste posterior.
O efeito na homeostase pela insulina demora de 2 a 4 dias, sendo as vezes preciso a internação dos animais diagnosticados por esse período para controle do animal pelo médico veterinário.
O local da aplicação deverá varias, portanto a literatura aconselha que o médico veterinário explique ao proprietário do animal a importância de se fazer uma tabela com os valores de glicosúria, cetosúria e glicemia no organismo para um devido controle.

A alimentação deve ser controlada no intuito de controlar a obesidade, que é associada à resistência insulínica.
A rotina de exercícios também é indicada, sendo não indicada perto dos picos da insulina e pouco antes da alimentação.
Também pode-se utilizar de forma oral as medicações contra a diabetes, porém, deve ser concominante com a rotina de exercícios e programa nutricional de perda de peso.

Exercícios regulares também tem mostrado bons resultados na prevenção e auxilio no tratamento da diabetes não insulino dependente.




Laika.. cadelinha para adoção não insulinico dependente. AJude a divulgar.


Referências: Diabete Mellitus em Cães. Acta Veterinária Brasilíca, v.1, n.1, p. 8-22, 2007. Priscilla Fernandes de Faria.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Otite, alopatia x MTCV

Pelo livro Differential diagnosis in Small Animal Medicine de Alex Gough as causas primárias da otite externa podem ser:

Hipersensibilidade, onde estão incluídos a Atopia, Alergia por contato, reações a medicações e hipersensbilidade alimentar.
Pode ser também por Infecção Fungica (Dermatofitose e Sporotrix schenckii), doenças parasitológicas como a demodicose, pulgas, pediculose, Sarna Sacoptica e piodermite.
Hiperadrenocorticismo e hipotireoidismo
também podem causar otites externas.


Pela medicina tradicional chinesa, toda infecção é causada pela entrada de "vento".. e no caso de ser acompanhado de odor, sabemos que ali há também aumento de "calor" interno..seja esse calor verdadeiro ou falso.

O que é calor falso?

Alguns cães ficam com as orelhas vermelhas, secas e sensíveis ao toque. Isso acontece não porque o cão está com excesso de calor e sim com deficiencia de fluidos. E isso é diferente?? Sim! Com certeza pela MTCV. No caso de deficiencia de fluidos, pensaremos nos rins como culpados.
A MTCV irá cuidar dos fluidos do corpo, pensando nos rins.
Já no caso de ter secreções, queimações no pêlo e dor enlouquecedora, aí temos um verdadeiro calor, causado por uma "chama verdadeira" como chama a MTCV. Essa chama verdadeira pode ser causada por uma estagnação de fígado, que pode acontecer por stresse, alimentação, excesso de medicações etc.


A MTCV conta até os odores para que possa identificar-se qual é o elemento em desequilíbrio.

Se o odor for rançoso azedo o desequilíbrio está no elemento madeira, principalmente no fígado.
Se o odor for adocicado enjoativo o elemento terra está em desequilíbrio, e ai pensamos no Baço/Pâncreas. Nessa ocasião pode ocorrer momentos de disfunções gastrintestinais como diarréias recorrentes ou constipação.
Um odor Chamuscado mostra um desequilíbrio no elemento Fogo do coração/intestino delgado.
Já o Pútrido, vem do Rim e aí entra o mal funcionamento dos fluidos pelo corpo, o que pode estagnar e causar excesso de calor (inflamação)


Normalmente quando a cera está pegajosa, seca, que dá aquele trabalhinho para tirar, mostra que sim, há fluido mas o calor ascendente (que pode ser por causa da estagnação de fígado) está consumindo o mesmo.


Mas, se não há nenhuma mudança em questão de secreção e meu cão só está com a orelha quente e vermelha, está tudo bem? Na verdade não é assim. Essa vermelhidão, secura e aumento de temperatura quer dizer que o animal está tão desprovido de fluidos internos que provém da energia vital que não se pode produzir nenhum corrimento.

Estar ciente dos problemas dos seus cães e observá-los é a melhor parte de como conseguir tratá-lo.
Procure seu veterinário para poder indicá-lo o devido tratamento.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Dentição filhote



Meu Frederico já começou a troca de dentes e eu nem tinha percebido.. então, resolvi postar pra vocês aqui algo sobre a troca de dentes.
Nas fotos estão primeiro os dentinhos de baixo do frederico faltando e os de pepe numa linda janelaa!! rs



A troca de dos dentes decíduos (que chamamos de dente de leite) para os permanentes começa em torno dos 4 meses e meio. Porém, não podemos ter essa exata precisão pois
medicina não é matemática.

O dente é composto basicamente de dentina sendo coberto pelo esmalte na porção da coroa e por cemento na porção radicular. O dente está ancorado no alvéolo dentário da
mandíbula ou maxila, rodeado de tecido conjutivo denso denominado ligamento periodontal.
Toda raiz do dente possui apenas um canal que é a parte de dentro da raiz. A pola dentária é responsável pelo envelhecimento, sendo assim, o canal no animal jovem se
encontra em maior quantidade enquanto no animal velho se encontra em menor quantidade. Portanto, o canal é o que dá o fortalecimento do dente.
Os cães possuem 28 dentes decíduos e 42 dentes permanentes.

Dentes de leite
Os dentes de leite devem cair até os 7 meses de idade. Uma vez que eles permanecem, favorecem a formação de placa bacteriana entre o dente decíduo que deveria ter caído e o permanente que provavelmente já nasceu.
Procure sempre seu veterinário caso os decíduos persistam pois será necessária a extração do mesmo para evitar problemas ao cão.


Referencia: Odontologia canina